A Vale obteve liminar de reintegração de posse na Justiça Estadual de Parauapebas, tendo o Oficial de Justiça intimado os invasores sobre a determinação de desocupação imediata da ferrovia. Os invasores se recusaram a cumprir a ordem judicial, caracterizando o crime de desobediência a ordem judiciall.

Com a invasão, a operação da EFC foi paralisada, gerando prejuízos e impactando mais de 1.300 passageiros que usam diariamente o transporte público ferroviário entre 27 municípios e povoados do Pará e do Maranhão.

A invasão da EFC também gera prejuízos para a toda região, pois é pelos trilhos e vagões da Estrada de Ferro Carajás que grande parte do combustível que abastece as cidades do Sul e Sudeste paraense é transportado. Da mesma forma, o transporte de grãos e de minérios, que geram empregos e divisas às cidades, ao Estado e à União fica comprometido e estacionado.

A Vale publicou nota, reforçando a sua confiança no Estado Democrático de Direito e nas Autoridades Públicas, e aguardou o cumprimento da decisão judicial de reintegração pelo Comando da Polícia Militar.

Sobre o Trem de Passageiros

Devido à interdição na Estrada de Ferro Carajás, o Trem de Passageiros teve a sua viagem interrompida na Estação de Marabá, onde os passageiros tiveram de seguir de ônibus, oferecido pela Vale, até Parauapebas, destino final da linha. Ontém, sexta-feira (8/9), o trem de passageiros iniciou o percurso a partir de Marabá, em função da invasão da ferrovia.

Justiça

O Tenente-Coronel PM Mauro Sergio esteve em tratativas com os invasores da ferrovia, negociando a liberação. Ele estava munido de um mandado de Reintegração de Posse expedido pelo Justiça do Pará.

Por volta das 18 horas de ontém (08), e depois de muita negociação entre o Tenente-Coronel PM Mauro Sergio e as lideranças da Frente Nacional de Luta, a ferrovia foi finalmente liberada. Funcionários Vale fizeram a limpeza da ferrovia.