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Sebrae Pará leva obras de cinco artistas paraenses que exaltam a Amazônia para exposição em Dubai
26/11/2023 13:01 em Política

Rose Maiorana, Tarso Sarraf, Sebá Tajapós, And Santos e Regilane Guajajara são os artistas que terão obras expostas na “Exposição Em Cores”

 

 

No cenário internacional, a cultura amazônia ganhará destaque com a iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no Pará, que levará  no mês de dezembro a “Exposição Em Cores” para a COP 28 em Dubai. Com o intuito de apresentar a diversidade cultural e pluralidade da Amazônia, a mostra contará com obras de cinco artistas paraenses, entre eles a artista plástica Rose Maiorana e o fotógrafo Tarso Sarraf, que juntas trazem criações com intervenções artísticas de Rose provenientes da exposição “Amazônia Líquida”. 

 

O projeto, organizado pelo Sebrae Pará, envolve uma seleção de 10 obras, entre telas, fotografias, registros de tela e impressões digitais. O primeiro contato com as criações artísticas será em um jantar exclusivo nos Emirados Árabes, no dia 6 de dezembro, oferecendo aos presentes uma imersão na riqueza visual e cultural da Amazônia.  

 

Segundo Sebá Tapajós, curador do projeto e um dos artistas, a motivação por trás da escolha dos artistas que farão parte da mostra foi pensando em destacar a representatividade e a pluralidade da região. “Pensei em pessoas que tenham obras relevantes para o cenário atual, que estejam em ênfase com exposições, trabalhando e falando sobre a Amazônia contemporânea, a Amazônia rural e a Amazônia Urbana. É bem amplo”, acrescentou.

Sebá Tapajós

Sebá TapajósSebá Tapajós (Arquivo pessoal)

Sobre o convite estendido a Rose e Sarraf, Sebá destacou a relevância da exposição “Amazônia Líquida”, que se tornou itinerante, percorrendo São Paulo, Belém e cidades no exterior. “Agregar essa dupla à mostra é muito relevante porque eles estão entre pessoas que estão há muito tempo trabalhando [com a temática da Amazônia] e tem um trabalho significativo”, reiterou o curador. 

 

Já o artista das artes visuais And Santos, que também é integrante da exposição, traz um olhar singular sobre a cultura popular e folclórica das danças tradicionais amazônicas, como pontuou Tajapós. Sebá, que além de curador, participa ativamente da mostra, sendo idealizador da primeira galeria fluvial do mundo na Amazônia, destaca a transformação que essa iniciativa trouxe para a região, dando voz aos ribeirinhos: “Hoje nós temos um balneário que precisa ser olhado e dar essa voz é muito importante.  Eu acho importante esse trabalho de militância que eu tenho feito dos povos ribeirinhos para os povos ribeirinhos”.

 

A inclusão da artista indígena Regilane Guajajara acrescenta uma dimensão única à exposição. Com seu trabalho em grafismo da etnia Guajajara, ela carrega consigo não apenas obras de arte, mas também uma mensagem poderosa sobre força, sabedoria e ancestralidade. “É abrir caminho para uma região muito rica e linda. O Norte do Brasil tem coisas muito conectadas, a cultura indígena que é único e é nosso”, finalizou. 

 

Planos para destacar a riqueza cultural da região

O Diretor Superintendente, Rubens Magno Júnior, afirmou que estava empolgado com a oportunidade de levar riqueza artística da Amazônia. Segundo ele, o Sebrae Pará não só terá mesas e centro de debates na programação oficial da COP 28, mas também buscará oportunidades além dos limites do evento principal.

Diretor Superintendente do Sebrae Pará, Rubens Magno Júnior

Diretor Superintendente do Sebrae Pará, Rubens Magno JúniorDiretor Superintendente do Sebrae Pará, Rubens Magno Júnior (Carmem Helena )

“Uma delas é de levar as obras de artistas amazônicos para apresentarmos na COP 28 em eventos à margem da COP, mas também existentes em paralelos. Nós faremos juntos aos parceiros um evento de lançamento da COP 30, em que o Governador também estará conosco”, compartilhou. “Nosso principal objetivo é mostrar a pluralidade da Amazônia, a arte, e também a sensibilidade desses artistas da região”, complementou.

 

Ao abordar o tema central da COP 28, as mudanças climáticas, Rubens Magno destaca a importância de trazer o olhar e a voz dos artistas amazônicos para Dubai. Ele ressalta que o evento é uma oportunidade de não apenas mostrar a sensibilidade e a realidade da Amazônia, mas também de reforçar a mensagem de que na região existem "amazônidas que cuidam da Amazônia, que cuidam do meio ambiente."

 

O objetivo da mostra vai além da exposição artística; é chamar a atenção do mundo para a Amazônia. Rubens Magno expressa o desejo de que as pessoas, ao admirar as obras e conhecer os artistas, reconheçam a diversidade e singularidade da região.

 

“O que nós queremos é chamar a atenção do mundo. Para que essas pessoas em 2025, possam, além de, saberem através da arte e dos artistas que aqui tem uma diversidade de coisas interessantes, que estamos preparando a nossa região receber visitantes, que essas pessoas possam ter experiências extraordinárias”, concluiu o diretor superintende.

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