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Mortes por armas de fogo no PA crescem 140% em 10 anos, diz estudo
26/08/2016 08:58 em Notícias

Um levantamento do professor e sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz publicado no Mapa da Violência 2016, que foi divulgado nesta quinta-feira (25), aponta que o número de mortes por armas de fogo no Pará aumentou 139,3% em 10 anos - um salto de 969 mortes em 2004 para as 2.319 registradas em 2014.

Embora o aumento entre 2013 e 2014 tenha sido de 2,9%, o estudo de Waiselfisz constata que desde o começo da medição da série história o Pará é o estado da região norte em que mais pessoas são mortas com armas de fogo por ano, seja por acidentes, homicídios ou suicídios. O Amazonas, que ficou na segunda colocação em 2014, registrou 756 mortes provocadas por armas de fogo, que representam menos de um terço das ocorrências computadas no Pará.

Ainda segundo o estudo, o Pará registra a maior taxa de mortes por armas de fogo de toda a região norte: em 2014, o último ano avaliado pelo Mapa divulgado em 2016, 28,5 pessoas foram vítimas no estado por grupo de 100 mil habitantes. A média nacional é de 21,2 homicídios por armas de fogo por grupo de 100 mil pessoas.

Violência na capital
O Mapa da Violência também apresenta números sobre as capitais brasileiras, dentre as quais Belém se destaca como a que possui com a maior taxa de mortes por armas de fogo da região norte: a cada 100 mil belenenses, 42,7 foram mortos por armas de fogo em 2014, sendo que a média nacional das capitais é 30,3 mortes por armas de fogo em cada grupo de 100 mil pessoas.

A capital paraense é segunda das capitais da região norte em que mais ocorrem mortes por armas de fogo. Os números absolutos apontam que em 2014 foram 591 casos, contra 627 de Manaus, que ocupa o primeiro lugar. Os homicídios por armas de fogo em Belém aumentaram 91% entre 2004 e 2014.

Por conta deste crescimento, Waiselfisz destaca que em 2014 Belém e a nona capital do Brasil com a maior taxa de mortes por grupo de 100 mil habitantes - em 2004 ocupava a 17ª posição.

Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, se apresenta como a sétima cidade no ranking dos municípios brasileiros, excluindo as capitais, com as maiores taxas de mortes por armas de fogo em 2014: foram 401 casos documentados pela pesquisa.

Perfil das vítimas
Segundo o Mapa da Violência, 94,4% dos mortos por armas de fogo no estado são homens, o que corresponde a 2186 vítimas do sexo masculino para 130 mulheres.  A esmagadora maioria das vítimas (1.333 registros) tem entre 15 e 29 anos e é negra: de todas as vítimas do estado em 2014 apenas 136 eram brancos, contra 2.115 negros.

 

Fonte: G1 PA

Ato 1 ano da chacina em Belém (Foto: Alexandre Yuri/ G1)Manifestante protesta contra chacina ocorrida em novembro de 2014 em Belém, quando 11 pessoas foram mortas em seis bairros da cidade (Foto: Alexandre Yuri/ G1)

Um levantamento do professor e sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz publicado no Mapa da Violência 2016, que foi divulgado nesta quinta-feira (25), aponta que o número de mortes por armas de fogo no Pará aumentou 139,3% em 10 anos - um salto de 969 mortes em 2004 para as 2.319 registradas em 2014.

Embora o aumento entre 2013 e 2014 tenha sido de 2,9%, o estudo de Waiselfisz constata que desde o começo da medição da série história o Pará é o estado da região norte em que mais pessoas são mortas com armas de fogo por ano, seja por acidentes, homicídios ou suicídios. O Amazonas, que ficou na segunda colocação em 2014, registrou 756 mortes provocadas por armas de fogo, que representam menos de um terço das ocorrências computadas no Pará.

Ainda segundo o estudo, o Pará registra a maior taxa de mortes por armas de fogo de toda a região norte: em 2014, o último ano avaliado pelo Mapa divulgado em 2016, 28,5 pessoas foram vítimas no estado por grupo de 100 mil habitantes. A média nacional é de 21,2 homicídios por armas de fogo por grupo de 100 mil pessoas.

Ato 1 ano chacina Belém (Foto: Alexandre Yuri/ G1)Ato marcou um ano chacina de Belém em novembro de 2015(Foto: Alexandre Yuri/ G1)

Violência na capital
O Mapa da Violência também apresenta números sobre as capitais brasileiras, dentre as quais Belém se destaca como a que possui com a maior taxa de mortes por armas de fogo da região norte: a cada 100 mil belenenses, 42,7 foram mortos por armas de fogo em 2014, sendo que a média nacional das capitais é 30,3 mortes por armas de fogo em cada grupo de 100 mil pessoas.

A capital paraense é segunda das capitais da região norte em que mais ocorrem mortes por armas de fogo. Os números absolutos apontam que em 2014 foram 591 casos, contra 627 de Manaus, que ocupa o primeiro lugar. Os homicídios por armas de fogo em Belém aumentaram 91% entre 2004 e 2014.

Por conta deste crescimento, Waiselfisz destaca que em 2014 Belém e a nona capital do Brasil com a maior taxa de mortes por grupo de 100 mil habitantes - em 2004 ocupava a 17ª posição.

Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, se apresenta como a sétima cidade no ranking dos municípios brasileiros, excluindo as capitais, com as maiores taxas de mortes por armas de fogo em 2014: foram 401 casos documentados pela pesquisa.

Perfil das vítimas
Segundo o Mapa da Violência, 94,4% dos mortos por armas de fogo no estado são homens, o que corresponde a 2186 vítimas do sexo masculino para 130 mulheres.  A esmagadora maioria das vítimas (1.333 registros) tem entre 15 e 29 anos e é negra: de todas as vítimas do estado em 2014 apenas 136 eram brancos, contra 2.115 negros.

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